Não há espaço para uma ação correta, se não conhecermos o nosso pensar.

Esse pensar que tem produzido conflitos no mundo: a ganância, o ciúmes, inúmeras guerras; tanto dentro de casa quanto entre países. Esse mesmo pensar que faz nascer a ansiedade, o medo da morte e uma quase infindável maneira de se conduzir que beira à loucura.

Qual o nome que podemos dar quando passamos a ter um interesse sincero em conhecer a isso que vive?

Qual o melhor termo a ser utilizado quando estamos verdadeiramente atentos em conhecer isso que sente, que deseja, que sonha e que tem vivido tão lamentavelmente aqui neste planeta chamado Terra?

Nós chamamos isso de autoconhecimento, embora se autoconhecer em nada tem a ver com acumular conhecimento, com ter informação sobre, com o arrastar das experiências de ontem para percebermos o agora. Mas, para efeito de comunicação e por não encontrarmos uma palavra que melhor possa expressar tudo isso, chamamos de autoconhecimento.

Assim, se autoconhecer é uma enorme atenção ao próprio viver, na totalidade de sua vida: como falar, como sentar, como comer, como pensar.

Se estivermos lúcidos de nosso pensar, de nossas emoções, há uma forma de escapar de nossos condicionamentos, a mecânica, nosso automatismo, tudo pela simples compreensão de quem se é.